O Feminismo é Bom ou Ruim?
Calma, eu sei que você quer gritar “machistas não passarão”, mas me escuta aqui um pouco. Antes de atribuir adjetivos ao feminismo, vamos entender oque esse movimento é de fato.
O feminismo por definição é um
movimento social, que no século passado, veio a relativizar a posição do sexo
feminino em nossa sociedade, guarde bem essa parte; “Relativizar a POSIÇÃO do
sexo feminino na sociedade.”. Bom, não poderia esse ser um advento mais
oportuno. Na década de 50, mulheres de todo o mundo, tiveram conquistas
significativas para seu gênero, destruíram muros de opressão e misoginia,
conquistaram o voto, o trabalho, dentre várias outras emancipações do sexo. A
história do feminismo é extensa e de extrema importância, mas porque as mulheres
precisaram se libertar afinal? E por que no século 20?
Bom, para respondermos essa pergunta,
vamos voltar muito no tempo. Aproximadamente 500 mil anos atrás, quando os
primeiros homo neanderthalensis,
começaram a caminhar pela terra. Mas por que tão longe? Você me pergunta. Bem,
naquele momento, começaria um processo gradual, lento porem imparável,
conhecido hoje como “seleção natural”. Darwin disse.
1.
SE há organismos
que se reproduzem e...
2.
SE os descendentes
herdam as características de seus progenitores e...
3.
SE há variação nas
características e...
4.
SE o ambiente não
suporta todos os membros de uma população em crescimento,
5.
ENTÃO aqueles
membros da população com características menos adaptativas (de acordo com o
ambiente) morrerão e...
6.
ENTÃO aqueles
membros com características mais adaptativas (de acordo com o ambiente)
prosperarão.
E assim foi durante milênios,
nascemos, crescemos nos reproduzimos e morremos. E no meio desse processo, nos
mudamos e nos adaptamos ao nosso ambiente e aqueles que não se adaptaram,
pereceram.
Em tempos primitivos, lutar pela sobrevivência
não era apenas uma abstração filosófica como nos dias atuas, e sim uma
realidade, que te colocaria entre a vida e a morte, todos os dias. Bom, fica
evidente o papel do homem nessa sociedade primitiva simplesmente por questões
fisiológicas, o homem passaria a ser o protetor de sua parceira e de sua prole,
e aquele que não os protegesse pereceria e falharia no seu propósito evolutivo.
E assim ocorreu a primeira divisão do trabalho, onde os homens se tornariam
caçadores, ao sair e arriscar suas vidas caçando os animais para alimentar sua
família, e as suas parceiras se tornariam coletoras, onde cuidariam da
estrutura familiar na ausência do homem e coletariam recursos próximos dos locais
onde estavam alojados.
E assim foi por milhares de anos, e a
regra sempre foi à mesma; “O mais forte sobrevive”. E o mais forte era a
família estruturada, onde cada um exercia seu papel evolutivo. Os que seguiram
essa regra sobreviveram, todo o resto, pereceu ante sua incapacidade de se
adaptar ao ambiente.
Mas por que eu estou falando isso?
Porque nós fomos moldados por essa seleção, cada célula que compõe nosso corpo
hoje, e qualquer instinto que nós torna quem somos, foi moldado a partir de uma
seleção minuciosa.
Mais do que isso, a seleção natural
definiu o tipo de mulher que os homens se atrairiam, e o tipo de homem que as
mulheres se atrairiam. Sim, existe um principio Biológico que explica porque,
os homens gostam de peitos grandes, e mulheres de caras musculosos. Os homens
em forma e com atributos físicos evidentes, instintivamente comunicam às
mulheres que ele é capaz de prover alimento a partir da caça e proteção para
ela e sua prole.
Bom e por mais que tentemos negar esse
instinto inerente de nossa cognição, ele sempre estará lá, talvez reprimido,
mas lá, no nosso código fonte, na raiz de nosso cérebro reptiliano.
Engraçado como a noção de patriarcado
cai por terra com um simples revisionismo histórico, feministas tentam até hoje
chegar a um consenso de quando “começou” o patriarcado, porem, nunca
conseguiram. Sinto informar, que não houve um planejamento central dos homens
do mundo, onde um comitê sentou e decidiu; “Vamos subjugar as mulheres e nós
tornar o sexo dominante”. Muito pelo contrário, as próprias mulheres, para se
adaptarem aos critérios evolutivos, se colocaram na condição de protegidas pelo
homem.
Mas quando a condição de
“proteção” passou a ser “opressão”?
“O preço da liberdade
é a eterna vigilância.” - Thomas Jefferson
O founding father sem nem imaginar,
acabara de exemplificar com maestria a emancipação do sexo feminino no século
vinte. Ao abdicar de sua autonomia por uma questão de sobrevivência, a mulher
primitiva abriu mão de sua liberdade em troca da terceirização de sua
vigilância. E em algum ponto na sociedade atual, essa relação ficou evidente e
insustentável, o que aconteceu então?
“Sobrevivência” é a palavra chave aqui,
em algum momento, sobreviver não era mais uma realidade, com o tempo nem seria
uma preocupação, isso porque mais recentemente na história do mundo,
presenciamos revoluções que aumentaram exponencialmente nossa qualidade de
vida, nossa longevidade e nossos padrões de consumo. Capitalismo, revolução
industrial, revolução tecnológica estão à vanguarda do que viria a ser o fim da
condição de sobrevivente do homem. Então aquilo que por milênios havia sido
estabelecido pela seleção natural, não mais era necessário.
E assim nasceu o feminismo,
ironicamente associado a tudo aquilo que o movimento vem criticando hoje. “A
eterna vigilância” não era mais um preço muito alto a se pagar pela liberdade,
e assim, como uma simples escolhe econômica, as mulheres reivindicariam voz
ante a sociedade que antes era protetora, acabara de se tornar opressora.
Isso torna o feminismo errado? Não,
muito pelo contrário, ele está no seu momento histórico. Mas isso só torna o
real problema mais difícil de lidar e mais perigoso. Da década de 50 até aqui,
o feminismo vem sido covardemente usado por homens, em campanhas políticas em
geral, e com a bipolaridade da guerra fria, o movimento se sentiu obrigado a
escolher um lado. O que antes era uma pauta humanitária e neutra, passaria a
ser partidária de idealistas covardes, que se sentem no direito de reivindicar
uma pauta da minoria como sendo sua e usar isso para promover o seu plano de
governo.
Ao menos no Brasil, hoje esse enviesamento
do movimento é claro, feministas são frequentemente associadas a CUT, UNE (que
por ironia, também deveria ser um movimento neutro) e partidos de esquerda em
geral. E por mais que eu queira dissertar sobre os motivos desse sequestro
ideológico e dar exemplos mais factíveis, acho que nós concordamos que esse
sequestro é um fato, e partindo desse pressuposto. Eu quero evidenciar como
isso se refletiu no movimento em si e o mal que isso faz a ele e a toda a
sociedade.
Lembram-se da frase que eu havia
pedido para vocês guardarem no primeiro parágrafo? “O feminismo vem relativizar
o papel da mulher na sociedade”? Nessa condição a mulher passaria a revisar seu
papel na família, no trabalho, na política e em todos os meios antes dominados
pelos homens por um principio evolutivo. Porem, por sofrer um sequestro
ideológico, o feminismo não mais focaria sua atenção a sua causa para com as
mulheres, mas sim a uma cartilha política e ideológica.
Novamente subjugadas, as mulheres
sequestradas pelo feminismo passariam a relativizar, não o seu papel de mulher
na sociedade, mas da feminilidade em si. Iria mais longe e diria que o
feminismo passaria a relativizar a condição de ser humano, como um todo.
Pautas como aborto, por exemplo,
independente de sua opinião sobre o tema, deixa evidente o revisionismo
humanitário em sua cartilha. Deixando de lado, todos os pontos importantes do
debate do aborto, como; Intervenção estatal mediante a baixa populacional
pós-guerra; o principio de não agressão do feto e da mãe; a linha tênue que
separa o feto de vida; e a questão de saúde pública como um topo. A ideia não é
julgar a moralidade do aborto e sim o principio revisionista da pauta, fica
evidente que essa pauta não se trata da posição da mulher na sociedade, e sim
da condição de mulher (mãe), e mais do que isso, está relativizando o principio
de “vida”, aquilo que nos trona humanos, deturpando completamente a essência do
feminismo.
Outra pauta interessante é a estética,
o feminismo passaria a relativizar o conceito de beleza, supostamente imposto
pela sociedade, mas isso estaria relativizando a posição da mulher, ou a sua
feminilidade? Voltando um pouco, lembraremos do que havia sido dito sobre a
evolução da espécie, e que existe um motivo para gostamos daquilo que gostamos.
Bom, ao relativizar padrões de beleza como; mulheres esbeltas com seios
avantajados o feminismo nega arbitrariamente nosso principio evolutivo e
arbitrariamente atribui isso a uma construção social. A briga do movimento com
propagandas supostamente sexistas, por exemplo, evidencia isso que tento trazer
para vocês.
E por fim, finalmente a desconstrução
da estrutura familiar, o ponto mais importante da dissertação. Talvez depois de
tudo o que conversamos esse realmente fosse o final lógico, depois de
relativizar a feminilidade, e fazer mulheres se sentiram culpadas por serem
mulheres, talvez o feminismo tenha começado um processo sem volta que nos
levara ao desconhecido. Ao dizer que a posição da mulher no casamento é uma
construção social, mulheres passam a reprimir alguns se seus instintos mais
básicos, que é o seu anseio por proteção, porque mesmo que a sociedade que
vivemos hoje tenha acabado com a urgência da sobrevivência, ainda sim, nossas
bases primitivas continuam escritas no nosso código fonte, e mulheres
feministas vem sistematicamente reprimindo esses sentimentos. Hoje, aceitar
qualquer tipo de proteção ou amparo de um homem, é associado à fraqueza.
Feministas além de se negar seus
impulsos primitivos, negam isso aos homens também, e isso vem ficando evidente
como disse a jornalista dinamarquesa Iben Thranholm; “Os homens estão sendo
afeminados por décadas de militância feminista.” – Gostaria ainda de intercalar
essa frase com O Clube da Luta – “Somos uma geração de homens criados por
mulheres.” – Demorou um tempo para eu perceber o que isso queria dizer, e a
resposta é; Somos uma geração de homens, que nos foi podado desde a concepção o
direito de sermos homens, de agir como homens e pensar como homens.
Se você for mulher, tente se lembrar
quantos relacionamentos você terminou ou que nem chegou a começar, porque achou
o cara afeminado ou muito sensível. E você homem? Quantas mulheres você dispensou
por ser podado do seu simples direito de ser homem.
Essa é a diferença entre lutar por voz
na sociedade e relativizar sua própria feminilidade.
Hoje, dia (01/03/2018), com profunda
tristeza faço uma nota pelo inerente declínio da condição humana e familiar
como a conhecíamos, abraço o triste fim que nos é imposto, e na esperança de
não parecer conservador da condição de superioridade masculina, mas sim
conservador da tradição e do respeito mutuo entre homens e mulheres, envio essa
mensagem na esperança que alguém se sinta aliviado de pensar que não está
sozinho.
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